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NINGUÉM PODE SER DEIXADO PARA TRÁS

 

No dia 16 de outubro, comemoramos o Dia Mundial da Alimentação. A data foi escolhida para lembrar a criação da Organização das Nações Unidas para alimentação (FAO), em 1945.

A FAO é uma agência das Nações Unidas que apresenta como um dos seus principais papéis liderar os esforços internacionais para combater a fome no planeta, alcançar a segurança alimentar de todos e garantir que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade.

A data foi criada com intuito de desenvolver uma reflexão não apenas da importância dos alimentos para todas as pessoas do planeta, mas também um apelo à ação para garantir segurança alimentar e nutricional em todo o mundo. 

Anualmente a FAO define um tema, que traz uma reflexão a respeito da população em vulnerabilidade, sua segurança alimentar e nutrição.

Esse ano o tema do Dia Mundial da Alimentação é “Não deixar ninguém para trás”.

E o que é “Não deixar ninguém para trás” quando se debate a temática de alimentação no Brasil?

Em sua segunda edição, o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II VIGISAN) analisa dados coletados entre novembro de 2021 e abril de 2022, a partir da realização de entrevistas em 12.745 domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e Distrito Federal. A Segurança Alimentar e a Insegurança Alimentar foram medidas pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), os quais mostram que a insegurança alimentar se agrava no Brasil e a fome segue crescendo.

No fim de 2020, 19,1 milhões de brasileiros/as conviviam com a fome. Em 2022, são 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer (Olhe para fome/2022).

De acordo com o II VIGISAN, o aumento da fome se dá no campo, nos domicílios comandados por pessoas pretas ou pardas, mulheres, prioritariamente pessoas com emprego informal, afeta quem tem menos de oito anos de estudo, bem como os domicílios que estão recebendo auxilio financeiro dos programas Bolsa Família/Auxílio Brasil.

“A fome afeta e diz respeito a todas as pessoas”

De acordo com o quadro estratégico da FAO 2022 – 2031, que procura apoiar a Agenda 2030 através da transformação para sistemas agroalimentares MAIS eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, para alcançar uma melhor produção, uma melhor nutrição, um melhor ambiente e uma vida melhor sem deixar ninguém atrás.

Precisamos nos juntar (governos, sociedade civil, academias) na defesa de políticas públicas (emprego, educação, transferência de renda, agricultura sustentável, acesso a alimentos, organização social) ex: Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) para acabar com a pobreza e a fome, preservar o meio ambiente, garantir saúde, educação de qualidade, igualdade de oportunidades e paz para todas as pessoas, sem deixar ninguém para trás.

 

Ana Cláudia da Silva Reis

Assistente de Gestão e Secretaria Executiva CAISAN e COMSEA Campinas

 

Fontes:

II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da COVID-19 no Brasil [livro eletrônico]: II VIGISAN: relatório final/Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar – PENSSAN. -- São Paulo, SP: Fundação Friedrich Ebert: Rede PENSSAN, 2022.

Quadro Estratégico da FAO 2022-2031 - https://www.fao.org/strategic-framework/es

Mundo Educação - https://mundoeducacao.uol.com.br/datas-comemorativas/16-outubro-dia-mundial-alimentacao.htm

Olhe para Fome - https://olheparaafome.com.br/

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